terça-feira, 27 de agosto de 2013

Resenha | Livro " A culpa é das estrelas"

  



"A culpa é das estrelas"
Autor: John Green
Páginas: 288
Editora: Intrinseca

Sinopse: Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.

     Prontos para mais uma resenha? Ok? Ok!
    A resenha de hoje na verdade não seria feita tão cedo. Milhares de blogs têm resenhado “A culpa é das estrelas” e as opiniões e criticas pouco divergem uma das outras. O que lemos sobre o livro é que se trata de uma bela história de amor entre dois adolescentes com câncer e que muita gente se apaixonou pelo livro e derramou lágrimas ao se emocionar com a história. Bom, o livro é sim tudo isso, mas é muito mais (ou então muito menos!). “A culpa é das estrelas” é aquele tipo de livro onde não há um meio termo. Ou você ama, ou você acha sem graça e não consegue entender como as pessoas conseguem amar.
     A história é sim bonita. Emociona de verdade e faz com que se crie um vinculo com os personagens. A personagem principal, Hazel Grace, tem câncer e sabe que vai morrer. Ela não tem esperanças de que vai ser curada e ainda assim é corajosa para enfrentar sua doença. Seu humor negro e sarcasmo a transformam em uma personagem cativante. Aquele tipo de personagem inesquecível e que seria lembrada mesmo que não fosse protagonista do livro. Já Augustus Walters, foi curado de um câncer e perdeu sua perna por culpa da doença. Hazel conhece Augustus nas reuniões para crianças e adolescentes com câncer que são obrigados a ir. Augustos é uma versão masculina de Hazel. Um jovem belo (eu havia dito que Hazel é uma gatinha?), e inteligente. Os dois combinam muito e talvez essa seja a coisa que mais me desagradou no livro.
     Tudo acontece rápido demais. Eles mal se conhecem e já estão afim um do outro. É claro que as coisas acontecem assim na vida real e que Hazel provavelmente não tem tempo a perder com flertes já que está com câncer, mas eu realmente queria que as coisas acontecessem com mais calma. Os dois são personagens bem carismáticos e interessantes, aliás, TODOS os personagens secundários do livro também são interessantes.
     O livro me fez perceber o quanto odeio metáforas. Só eu acho essa história do cigarro apagado na boca uma grande besteira? É claro que há sentido nisso, mas é surreal imaginar uma pessoa qualquer andando por ai com um cigarro apagado na boca. Mesmo que ele seja um sobrevivente e tudo mais, mas não consigo engolir isso.
     Os diálogos entre o casal principal são tão perfeitinhos e isso na maioria das vezes é muito bom. Mostra o quanto eles são parecidos e o quanto combinam.
     Eu realmente gostei de “A culpa é das estrelas”. Foi o primeiro “romance romântico” que li e fiquei bastante animado para ler outros. Me animei também para ler outros livros do autor do livro, John Green, que narra o livro sem muita enrolação e de forma bem fluida. Recomendo o livro pros que gostam de um romance e pros que querem começar a gostar.


Ps: As gravações da adaptação cinematográfica de “A culpa é das estrelas” já começaram.
Os atores que interpretarão os protagonistas Augustus e Hazel , Ansel Elgort e Shailene Woodley.


sábado, 24 de agosto de 2013

Especial | Festa no sebo


      Quem ai costuma comprar livros em sebo?
    Se não costuma, saiba que na maioria das vezes, compensa bem mais ir á um sebo na sua cidade “garimpar” uns bons livros do que esperar desesperadamente por promoções no site submarino.
     Em sebos, geralmente há livro novos e usados e que podem ser comprados por um preço bem acessível. Essa semana fui até um sebo com R$ 50, 00 e fazendo uma comprinha resolvi mostrar que vale a pena se aventurar em um sebo e comprar alguns livros.

Lista de livros comprados:
Arquivo X – Chris Carter| R$: 4,00
A confidential source – Jan Brogan | R$: 5,00
Vampiros do espaço – Colin Wilson | R$: 12,00
Amanhã é outro dia – J.M. Simmel | R$: 7,00
O crime do século – Dominick Dunne | R$: 12,00
Drácula – Bram Stoker | R$: 10,00

Vídeo mostrando os livros:
PS: Perdão pela resolução e áudio!

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Resenha/Livro "Quem Matou Nola Payne?”"

       Essa é a segunda resenha do blog, mas já adianto que há uma boa lista de resenhas que serão feitas e também algumas matérias especiais. Abaixo a lista de livros que serão em breve resenhados (Não necessariamente nessa ordem):


Jogos Vorazes | Suzanne Collins
Cassino | Pieter Aspe
Feliz ano velho | Marcelo Rubens Paiva
O jovem Lennon | Jordi Sierra i Fabra
A máscara de Atreu | A. J. Hartley
A menina que roubava livros | Markus Suzak
A culpa é das estrelas | John Green

 E a resenha de hoje? Conheçam “Quem Matou Nola Payne?”.



“Quem Matou Nola Payne?”
Autor: Walter Mosley
Editora: Landscape
                                            Páginas: 240                                             

Sinopse: Logo depois que quebra-quebras devastadores arrasaram Los Angeles em 1965, quando o ódio era intenso e o medo ainda cozinhava em fogo brando, a polícia bate à porta do Easy Rawlins. Ele espera pelo pior, como sempre. Mas a polícia veio lhe pedir ajuda. Um homem foi arrancado do automóvel por uma turba no auge do tumulto e fugiu para um prédio de apartamentos nas vizinhanças. Logo depois uma mulher de cabelos vermelhos, conhecida como Pimentinha, é encontrada morta naquele prédio, e o fugitivo é o suspeito óbvio. Mas o homem tinha sumido. A polícia teme que sua presença em certos bairros crie um novo inferno, por isso pede a Easy Rawlins para ver o que pode descobrir. O homem desaparecido é a chave, mas é apenas o começo. Easy pede ajuda a Rato, seu amigo de longa data para decifrar o mistério. E o que Easy encontra é um assassino cujo ódio, como aquele que ardeu na cidade durante semanas, está misturando paixões profundamente arraigadas, sentimentos que ecoam dentro do próprio Easy. A caçada ao assassino que Rawlins promove revela uma nova cidade surgindo das cinzas com a promessa de uma vida nova para Easy, Rato e seus velhos amigos, Jackson Blue e Jewele.


    Quem matou Nola Payne? Eu já sei e garanto: Você também deveria saber! Esse é um grande mistério e título de um suspense lançado em 2005 pela editora landscape. “Quem matou Nola Payne?”é um suspense do romancista americano Walter Mosley e narra a investigação do assassinato de uma jovem negra brutalmente assassinada em 1965 em Los Angeles durante a segregação racial nos Estados Unidos.
     O personagem principal é o zelador de escola e ex-combatente da segunda guerra mundial Easy Rawlins, que é “convidado” pela policia para investigar o assassinato de Nola Payne. Em meio á segregação e violência (andam acontecendo uma série de quebra-quebras devido á segregação), a policia fica receosa de investigar o assassinato e com medo de que o acontecimento se torne público e isso cause um aumento na violência. Uma jovem negra supostamente assassinada por um homem branco poderia causar grande comoção da população negra, portanto, meio a contragosto, Easy acaba aceitando investigar o assassinato.
    Os personagens do livro são cativantes. O leitor acaba simpatizando até com Nola ao decorrer da história. Easy é um personagem bastante humano. Um homem de caráter, que se preocupa com sua família e com seus amigos. Uma bela moça corre atrás dele o tempo todo e resiste aos encantos dela sem deixar de ser educado e gentil. Ele é corajoso e sempre ajuda quem precisa.
    A narrativa em terceira pessoa do livro é bem simples e o autor não se demora fazendo descrições desnecessárias.
     Apesar de divertido, duas coisas me irritaram muito no livro. Primeiro a linguagem utilizada por boa parte dos personagens. O livro se passa no “gueto”, a maioria dos personagens não tem estudo e o autor utilizou uma série de gírias para demonstrar isso. É realmente muito chato ficar lendo frases do tipo: “Cê qué morre?” e “ Tamos quites”. Outra coisa que me incomodou foi o final do livro. É decepcionante! SPOILER (?): Easy diz o livro todo que quando pegar o assassino de Nola acabará com ele. Você torce durante todo o livro pra que ele pegue o assassino e o mate com as próprias mãos e isso não acontece. FIM DO SPOILER!
      A capa do livro é linda e a diagramação é boa. O único defeito são alguns pequenos erros de revisão, mas nada que interfira no andamento da história ou entendimento das frases. Recomendo pra que gosta de um bom romance policial ou livros que se passem durante importantes períodos históricos.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Resenha/Livro "Guerra sem fim"

    Nem precisei pensar e repensar tentando decidir qual seria a primeira postagem do blog(como de costume faço antes de fazer qualquer coisa), logo de cara resolvi que faria uma resenha de um dos últimos livros que li. Pois bem, antes de qualquer coisa devo esclarecer que é a primeira resenha “livre” que escrevo. Escrevi uma pra faculdade durante o primeiro semestre, mas praticamente escrevi sem saber ao certo o que fazia.  Pesquisei um pouco, li algumas resenhas e depois escrevi.
     Pra esta resenha escolhi o livro “Guerra sem fim” do escritor americano Joe Haldeman, que adquiri trocando em um sebo de Dourados.

"Guerra Sem Fim"
Autor: Joe Haldeman
Editora: Landscape
Páginas: 304

Sinopse: William Mandella é recrutado no final da década de 90 para combater os misteriosos taurianos. Para viajar até o front, os soldados precisam atravessar portais chamados Colapsares, que causam uma dilatação no tempo, fazendo com que o tempo subjetivo da nave seja mais lento que o tempo "real" do universo. Ou seja, quando Mandella retorna para casa após servir por dois anos, quase três décadas se passaram na Terra. E conforme eles viajam mais longe, maior é a dilatação, passando de décadas para séculos inteiros. 
     
     A ficção cientifica narrada em 304 páginas e publicada pela editora landscape, prendeu minha atenção do inicio ao fim. Confesso que nunca havia lido ficção cientifica, muito menos ficção cientifica de guerra. Durante o livro além de acompanhar a evolução de patentes de personagem principal, o físico William Mandella( de soldado á major), acompanhamos toda a sua aventura na guerra contra os desconhecidos Taurianos, e suas relações amorosas com a companheira de farda Marygay Potter. Guerra sem fim , foi um dos melhores livros que li até agora e um dos que realmente me surpreendeu. Houve sensações causadas por esse livro que nunca havia sentido ao ler livro algum. Em determinado momento, quando eles finalmente confrontam diretamente os Taurianos, a descrição das criaturas realmente me fez ter arrepios. As cenas de guerra e toda a sensação de se estar em uma são, apesar do contexto, fiéis á realidade. O autor que lutou no Vietnã, reviveu todo o horror presenciado por ele aos olhos de Mandella.
    A narração em primeira pessoa também é um ponto a favor do livro. Por ser um brilhante físico, Mandella narra os acontecimentos no espaço de forma que tudo parece fazer sentido pra nós leitores. Não que eu entendesse as explicações — nunca fui bom em física. —, mas tudo tem explicações plausíveis. Os saltos colapsares que causam uma dilatação no tempo toda vez que uma nave passa por um portal, parecem ser possíveis á nossa ciência graças as explicações de William.
   Quanto aos saltos colapsares, pode – se dizer que é uma das coisas mais divertidas e interessantes do livro. Por exemplo, quando se passa por um salto colapsar, há a dilatação no tempo e então, o tempo na terra e no espaço torna – se diferente( o livro se inicia em 1990 e vai até 3.000). Tentando explicar melhor, William passa dois anos no espaço saltando de portal em portal e quando volta á terra mais de trinta anos se passaram. Mais uma viagem, e mais anos se iam. Em determinada parte do livro, quando volta á terra, William encontra um mundo completamente diferente do que conhecia. Guerras devastaram países, o dinheiro não mais existe(comida é o bem mais valioso que se pode ter), os governos em uma tentativa de diminuição da população, apoiam e até de certo modo impõem a bissexualismo a ponto da heterossexualidade ser considerada uma disfunção, um desvio de caráter.
    Lendo á respeito do livro, descobri que seus direitos para a versão cinematográfica foram comprados pelo diretor inglês Ridley Scott — diretor de “Alien – O 8º Passageiro”, Blade Runner”, “Hannibal”, “Prometheus”, etc. — e que o filme deve estrear em 2013.
     Pra quem gosta de ficção cientifica ou não, “Guerra sem fim” é um livro que vale á pena ser lido e relido, e sem dúvidas divulgado para os amigos.